segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

01-10-2010

Eu desmaterializo a realidade em forma de pensamento
Não invento, não modifico o real, aceito as coisas como elas são.
Talvez por ter consciência de que elas não dependem de min eu me dê por satisfeito
Quando se apagarem todos os vestígios da minha existência e o “eu” subjetivo não mais existir, as coisas continuarão a ser o que são. REAL.
O que há não tem nenhuma relação de dependência com o que sou
Porque o que sou é apenas como o que há se apresenta a min
E nessa dissonância do que há com o que sou é que me perco de imediato e não preencho essa lacuna.
Mas ao menos não transcendo, não tenho idéia de perfeição no sentido convencional da palavra.
A finitude sim, essa é perfeita.
O bom e o mau são perfeitos, exatamente por serem o que há.
E o bem e o mal são invenções, daqueles que negaram a beleza do sol e hipotetizaram um astro transcendental.
Eu não escolhi hipotetizar seres Supra-sensíveis.
Aceito as coisas como são
Não invento
Apenas desmaterializo o real em forma de pensamento!