segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

do sorriso inerente

Eu sorri
Mesmo quando o mundo me mandou chorar
Alguns dos meus atos que muitos julgaram insanos
Julgo tê-los feito na mais pura sanidade
E eu parei
Quando o mundo me mandou correr e não olhar para traz
Parei e refleti sobre o que havia feito e o que não deverei deixar de fazer

E eu chorei
Não quando o mundo me mandou
Mas quando tive vontade
Chorei por motivos que fazem os outros rir
Como pelo bêbado desequilibrado e sem família a cair pelas causadas
Como pelo louco que corre em disparada anunciando o fim do mundo e se choca frente ao carro

Sorri, parei, chorei e menti

Pois havia inventado uma vida inexistente

Eu, mais uma marionete.
Tentando quebrar as cordas do ventríloquo
Tentando sorrir, parar, chorar e o que mais me venha de vontade sozinho...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

UM SOPRO PARA A VIDA OU UM LAPSO DE MEMÓRIA PARA O INCONÇIÊNTE

UM SOPRO PARA A VIDA
OU UM LAPSO DE MEMÓRIA PARA O INCONÇIÊNTE

A vida
O perfeito equilíbrio entre forças Opostas
Nem para mais, nem para menos
Não é um sonho de fim de sono, nem em tempo exato
Não é a soma do tempo, mas sim a exatidão do momento
Tudo que se vive permaneçe no ser
Não existe passado ou futuro, somente o presente,
a vida é o breve intervalo no tempo.

Longe de pretensões lógicas
Longe de pretensões morais
Por que a vida é imoral quando se ousa prolonga-la.
Não se vive pouco ou muito
Somente o necessário
O momento perfeito, vivído por um ser imperfeito,
o momento sublime, sonhado pelos deuses que nunca terão
E eis que há aqui o encontro entre Deus e a vida.

Não são os homens que invejam a eternidade de Deus
Deus que inveja a Vida-Momento dos homens
A certeza da morte é tão intensa quanto a de que exista
alguma força a rejer o universo.
Negamos até o último instante
Negamos haver morte até sermos tocados pelo beijo frio
Negamos haver qualquer coisa que fuja ao nosso controle.