sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A-Deus Fé!

A-Deus Fé! A ilusão acenou-me em câmera lenta Com uma nostalgia a embrulhar-me o estomago E eu tive que crescer Tive que ganhar dinheiro vendendo o meu tempo, e sacrificando as únicas coisas que me pertencem Estou perdido, já não posso voltar Pois a ilusão viajou para onde a rota do pensamento não pode seguir, está inacessível Como é triste a beleza da vida Que é trocar o que não se tem pelo que se quer ter Queria trazer a ilusa junto ao peito Viver, comprar, orar, pagar e esperar Ser como os outros e não aceitar o contrário Queria ser demasiadamente humano como os vejo A ilusão ao despedir-se volveu a cabeça Como quem espera ser seguido Num movimento lento e sem som E eu despedacei-me em idéias As rajadas telepáticas do inconcebível Que eu desfigurei num ser só meu E tornei-me homem