quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quando a derrota eminente se aproxima em passos lentos, no horizonte crepuscular, com o olhar umedecido e o coração em flagelos, respiramos o ar putrefato que se aproxima, não há mais volta. Entramos numa batalha sem armas, abrimos o peito como se fosse o escudo, estufamos força no nosso ponto fraco. Porém, só a coragem não contra-golpeia, só à vontade não contra-golpeia! Ontem quando o horizonte apresentava como uma possibilidade de mudança, éramos quase felizes, corríamos feito crianças, tínhamos a garganta mais pura e o som mais Agudo podias produzir, e eram gritos estridentes. Agora tudo quer se emudecer, envelhecemos cedo de mais, tornamo-nos adultos infantis, porém um Grave profundo se apoderou do som da nossa voz, e agora vivemos como se estivéssemos no fundo de um poço tapado, falamos mas ninguém entende! Falta-lhes os motivos para que entendam. Só o que me resta é brincar de ser poeta vou sucumbindo lentamente ao encontro da derrota com a cabeça erguida por saber do tamanho da minha existência, e da minha insignificância diante do por vir... 06/12/2011

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