sexta-feira, 19 de setembro de 2008

sou o próprio fogo

Mas o que é a resistência se não morrer pelos ideais?
Sentir o gosto amargo e já experimentado, e uma sensação de que tudo é sonho e de que realmente fazemos parte de tudo.

Com os sentidos a entorpecer meu corpo, por estarem aguçados ao extremo, como se uma orquestra toca-se uma linda canção, sinto o bafo quente da loucura tocar meu corpo e provocar-me a sensação de que estou no inferno.

Com meu corpo ardente em chamas
Sento minha carne decompor-se em miséria
Respiro, e o ar que chega a meu pulmão é como se fossem lâminas de fogo, rajadas telepáticas do inconcebível.

O fogo transcende meu corpo
Sinto tocar minha essência de forma diferente
Vem gelado de encontro a minha Psyqué
E sinto que meu corpo esta dormente
Mas este já não me interessa
Porque o fogo queima tudo
E os que observam não vêem cinzas nem fumaça
Porque agora já sou o próprio fogo

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