terça-feira, 5 de agosto de 2008

05/08/08

profundo...
submerso...
vazio...

não sei.

algo errado no paraiso
me colocaram do lado dos felizes
e me diseram que é proibido ser triste.
logo eu,
que nasci com a melancolia pregada ao peito
logo eu.
que morri abraçado com ela
minha fiel companheira...

profundo é o sentimento que levo comigo
o de achar que a vida podia ser mais,
o de fazer conjecturas sobre o universo
com o mesmo intusiasmo que me divirto com meu sobrinho
profundo...

Submerso são minhas alucinações
mergulhado fundo no oceano de incertezas
essa proesa masoquista de quem sonha
com a mesma claridade do dia

sou vazio, e nada em min pode ser compreendido
como poderiam me compreender?
se nem eu mesmo, no meio de todas as verdades e mentiras me fiz
me compreendi e viví...

2 comentários:

Manu Almeida disse...

Vazio? Pode ser...

Então me explica a autoria de palavras tão belas, empregadas tão perfeitamente e o domínio significativo de cada uma...
Explica-me a intensidade com que desenterra e transmite sentimentos sutilmente afligidos.
Explica-me e convence-me que és vazio...

Ou será apenas excitação pelo apego nostálgico? (presunções)

Flávio Alencar disse...

isso tudo é subjetivo, o que você entende por belo pode ser o mesmo que alguns entendem por "diferente".
o VAZIO aqui não esta colocado no sentido literal da palavra, mas sim como termo adjacente do sofrimento.
Eu acho!!!